Um universo de mulheres do mundo

quarta-feira, 2 de abril de 2008

hoje sinto-me assim...

Ephemeron, fotografia de John Brill, 1999

INQUIETAÇÃO, de José Mário Branco


A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes


São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha


Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda


Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda


Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas


Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho


Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda


Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda


Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda


Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda


8 comentários:

Dejando huella disse...

Bolas.. tambem me sinto assim, um bocado esfumada da vida, esfumada na vida, esfumada para a vida..

chuva boa disse...

espiritos inquietos...

Perola Luna disse...

biolas... estranhas vocêses!!

DJ quando voltas mesmo?

chuva boa disse...

estranhas? por estarmos inquietas?

por favor!

Perola Luna disse...

estou a brincar minhas lindas!!!!
aih aih aih!!

Osga disse...

Qual a origem dessa inquietação?

Dejando huella disse...

No, querida Luna. No vuelvo a Lisboa. Madrid es mi futuro.

chuva boa disse...

o mundo.