Um universo de mulheres do mundo

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Guilty? No way!!!

Por vezes também me sinto culpada pela situação que eu criei aquando da separação com o pai da minha filha. Mas ao mesmo tempo, estou tão feliz agora que só posso transmitir-lhe alegria, respeito, firmeza, ceretezas, doçura e tranquilidade.

Ela tem um padrasto ao qual chama "papá" e que é louco por ela (tenho estado atenta, nos últimos 6 anos tenho visto se é teatro ou se ele a ama mesmo..não tenho um único motivo para duvidar).

Vamos ter (para a semana!!!!!!!) outro bebé e, ao mesmo tempo que admite ter ciúmes, a minha bicharoca está radiante com o mano/mana (é uma incógnita ainda). Tudo nesta casa caminha para o equilíbrio, para o razoável. Com altos e baixos, com uma palavra mais áspera aqui ou ali, estamos a conseguir construir uma casa como eu gostava de ter tido em pequena.

O meu pai deixou a mulher e 4 filhos pela minha mãe. Disse-me muitas vezes que não se arrependeu de todo porque me teve a mim e, consequentemente, a minha filha (ele era maluco por ela). Mas sei que nunca conseguiu superar o sentimento de culpa, toda a vida se penitenciou por ter deixado os "miúdos", e não nego que os meus irmãos são pessoas muito inquietas e com tendência para a depressão. Porque o meu pai os deixou? Ele não os deixou, deixou apenas a mãe deles, nunca foi um pai ausente e sempre que vinhamos a Portugal (moravamos do outro lado do mundo) estavamos com eles, nas férias escolares passavam meses connosco, etc. Mas mesmo assim sempre se sentiu culpado.

O processo de culpa é inevitável, acho. Demorando mais ou menos tempo, o bichinho do "e se" rói por dentro, mas aprendi que o bichinho do "estou melhor agora" é muito mais construtivo e oferece-lhe segurança onde antes apenas havia incerteza, receio e lágrimas.

1 comentário:

Fozeira disse...

Eu sei que é assim que o meu namorado se sente, sempre que falamos no assunto de deixar os filhos, ainda que provisoriamente. Eu estou preparada para me mudar de armas e bagagens para as Filipinas, até porque nós não necessitamos de um visto para entrar no país deles...mas o processo é longo,requer muita paciencia da nossa parte(imagino o que a tua mãe passou!) e um processo de confiancia da parte deles...

No entanto, a tua história deu-me esperança...esperança de que tudo vai correr bem um dia, de que terei a minha familia com o meu namorado, incluindo os filhos dele...que já considero meus!!

a ver vamos...

Beijinho
JU