Um universo de mulheres do mundo

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

liberté, egalité et fraternité...

Estou com um problema de consciência difícil de ultrapassar, mas mais forte do que eu. Nunca me considerei racista, xenófoba, preconceituosa, nem nada desses conceitos – é verdade que cada vez vao surgindo novos que desconheço, mas que vou tentando conhecer para não ficar para trás. Mas, e porque sempre tem que haver um “MAS”, de há uns anos para cá que tenho problemas com pessoas de certa nacionalidade.

Tudo começou quando iniciei o meu curto percurso jornalístico. A especialidade das revistas onde trabalhava “obrigava-me” a trabalhar com indivíduos dessa nacionalidade quase diariamente. Ora, era uma língua que me encantava e na qual me desenrrascava muito bem, mas passado pouco tempo desisti. – Antes de continuar a minha estoriazita, devo dizer que falo de franceses – não vale a pena criar grandes expectativas. Ligada a uma actividade cuja língua internacional era o inglês, mas sendo os outros jornalistas quase sempre todos franceses, eu “dava-lhe” sempre no meu francês! Para meu espanto, cada vez que dizia um disparate – e eu sou portuguesa e a quantidade de disparates que digo na minha língua materna... – , em vez de me corrigirem, ou mesmo de rirem ou fazerem piadas, os gajos olhavam-me de cima a baixo mesmo com ar de superiores. Mesmo, mesmo arrogantes. Um nojo. No dia em que lhes disse que ja chegava, que não falava mais frances porque não tinha que aturar aquelas merdices, e que estavamos num evento cuja língua internacional era o inglês, “oh, mais tu parles trés bién”. Pois agora que se lixem. Como seria de esperar, não diziam mais do que “how are you?”, e depois vinham pedir-me ajuda para traduzir os press releases. Ah!

Há quase dois anos vim para barcelona para fazer o mestrado, em inglês. Turma de 42 pessoas, 17 nacionalidades diferentes, mas claro17 franceses. Pertencendo a uma nova geração – todos mais novos que eu uns anitos devido ao tratado de Bolonha e aos problemas com as licenciaturas em França – e até porque era um curso em inglês, todos falavam mais doque 2 idiomas e todos muito mais abertos. (sendo eu a unica portuguesa claro que ouvi alguma piadas, mas até com nível! Convenhamos que a nossa primeira vaga de emigração para Franca foi um tanto ou quanto peculiar!). a parte de falarem bem francês, tem um problema com a palavra “focus” (to), porque sempre dizem algo parecido com “to fuck ass”. Caricato. Mas sempre com a sua superioridade! O que dizem é a verdade absoluta, quando querem algo sao do mais agressivo e malcriado, gritam, gesticulam e dizem palavrões. Quem não falar francês basta saber dizer “putain” e “les truques” e soprar violentamente “pffffff” – e similares – que ja tem meio caminho andado.

Agora, trabalho numa empresa inglesa, sedeada em barcelona, na qual 75% dos empregrados são franceses... e estes, desculpem que o diga, sao uns cabrões. Para além de mal educados, sao rudes, arrogantes e cuscos. Uns andavam a ver o meu email para me roubarem contactos. Não há pachorra!

E por aqui podia continuar, mas desisto. Alongar-me-ia demasiado.

Ah, a acrescentar a tudo isto, o meu irmão vive em França, com a sua namorada francesa de quem eu gosto muito. Para além de outros franceses com quem convivo diariamente e de quem gosto muito.

E agora? Nunca fui preconceituosa, mas hoje em dia se me dizem que é francês... não gosto mesmo nada de sentir isto.

4 comentários:

Perola Luna disse...

Ma chere amie,

Les Français sont une race dificil... je le sais, je te comprends tres biens!
Et ils parlent anglais avec un accent merveilleux!
AInda me lembro na escola, que tinha um colega o Emmanuel, filho do Embaixador Francês, e um certo dia na aula de ingles Emmanuel lia:
-"ZZeee queen ize verrry biiutufulee"
ao que a prof corrige e diz:
-"ce n'est pas zzee mais the (ddddd), the queen is very beautiful..."
Emmanuel depois de varias tentativas no THE, la consegue e a prof pede entao para ele reler a frase. E Emmanuel da no seu melhor:
-"ZZZEEE queen ize verry...."

e eh assim, a recordaçao que tenho deles na aula de ingles!
Mas foram anos a conviver com eles, e foi uma bela etapa da minha vida!

Estou tao velha, e ainda nao tenho um filho nem casada estou...
(mas sou feliz assim, melhor serei qd regressar a Lisboa!!!)

Et vive LE PORTUGAL!!

chuva boa disse...

joder tia, pero que te pasa? como que casada? ai ai ai ai
la o filho ainda ok, mas casada?

ya, mas esqueci-me do ZEEEEEE (the), muito bom!

Anónimo disse...

Joder, estas loca? Casada? Y para que? Te veo muy liada, tia. Olvidalo, porfa.

Perola Luna disse...

Qu'est ce qui se passe avec vous!?!?!?
Les deux parlant avex moi en espagnol, joder!! Tias!!
estou bem assim!! quem disse que eu queria casar!?!?!? tontas!!!