Um universo de mulheres do mundo

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

era uma vez uma menina

Era uma vez. Gosto quando as estórias começam assim. Gosto mais ainda quando não conheco bem o que quero contar. Mas, segundo os resquícios da minha memória, é qualquer coisa assim...

Era uma vez uma menina. Uma menina como todas as outras meninas.
Para dizer a verdade, muito pouco posso contar sobre os primeiros anos de vida dessa menina. Sei que vem de um pais africano, um desses paises que ainda não conheco mas que já há muito chama por mim.

Vim a conhecer essa menina uns anos mais tarde, bem, alguns anos bem mais tarde quando os nossos caminhos se cruzaram naquele país onde tudo é tão quente, tão saboroso e indescritível e tão diferente desta velha Europa a que estamos habituados. Lembro-me bem que a minha primeira impressão não foi das mais simpáticas, “de onde vem este piolho eléctrico que não pára nunca?”. Mas depois com o passar do tempo, as trocas de palavras, umas mais simpáticas do que outras – principalmente da minha parte e durante as primeiras horas da manhã... – com os mesmo interesses em actividades mundanas, fomo-nos aproximando, eu pouco a pouco, a menina com toda a energia e loucura que lhe é bastante característica.
Depois veio um novo período. Uma nova escola, um novo país, que apesar de ser o meu era-me completamente desconhecido, e os caminhos voltaram a separar-se. De vez em quando lá acontecia uma parca troca de palavras no bairro alto, outras vezes uma simples troca de acenos frios em festas de amigos comuns ou simples coincidências quotidianas. Um ou outro episódio menos elegantes, de ambos os lados.
E por aí ficaria a nossa estória em comum, caso não tivesse recebido uma mensagem de hi5 aqui há uns meses atras, ja eu me encontrava por estas terras catalãs. E a partir desse dia tudo foi diferente. Estranho voltar a conversar com a menina, mas bom, muito bom porque parecia que a intimidade nunca se havia ido e que a cumplicidade era algo que ja nos acompanhava há muitos anos sem interrupção. Voltámo-nos a encontrar nas ruas inclinadas do bairro que, há medida que as horas da noite vão passando parecem ainda mais inclinadas.

E depois? Não sei. A menina cresceu, eu cresci – ah ah ah ah ah, mas não tanto! Mas perolita, desculpa-me, mas é tao bom poder olhar para alguém com mais de 12 anos que é mais baixo do que eu, é tao raro!! – e mais não sei, melhor, sei mas não digo.

(e o resto fica para o próximo capítulo, porque há mais, ui, muito mais)

Por falar nisso, está combinada a super bock fresquinha para o dia em que chegar!

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O que é uma chuva boa?

Um pingo... dois pingos... três pingos e começa a chuva, chuva esta vinda do centro, passa pelo sul a caminho das Africas... Africa, chuva tropical, chuva torrencial, mas que a podemos identificar como "chuva boa", branquinha de olho claro e louca por um belo vendaval...
Africa continente onde nasci, onde cresci onde conheci "chuva boa"... Chuva boa cansada de carne mas desejosa por dar uma dentada num belo naco. Vai a Madrid faz a terra tremer, vai a Colónia e não quer ser alterada... Sabe o que quer: um principe! Mas onde esta ele? Meninos, homens, velhos... onde andam vocês? onde está o belo do sapinho?
A "chuva boa" é maluca, ponderada, gosta de uma bela ida ao teatro, de um belo concerto... e adora uma bela Super Bock! Quem não gosta de uma molha assim?! hein?!!?
E mais agora que nos encontramos as duas longe de tudo e de todos, e uma longe da outra parece que estamos mais perto, e não parece estamos mesmo! Falamos todos os dias, desabafamos, falamos merda, rimos, gritamos, e apoiamo-nos... e sei que a chuva é realmente boa, dá-me na cabeça, tenta abrir-me os olhos, somos mulheres! Mulheres!

Mulheres! preciosas e raras!
Mulheres! preciosas e raras!
Mulheres! preciosas e raras!

(mas ao contrário de mim ela não mostra as maminhas... acho eu...)

Vejam a minha vida!!!

Em busca da imagem para o meu anterior desabafo (que qlq dia deixa de ser raro!!), tropecei nesta... e nao eh que parece eu? logico que eu sou uma menina e bem mais gira, e com um ar menos toto (hoje ja fiz umas luzinhas para ver se fico com ar bem composto)! Mas sinceramente, a minha vida neste pais eh tal e qual isso que ele diz, nao eh que os meus amigos sejam virtuais, (somente mesmo o meu namorado!!), mas eles neste momento para mim so podem estar no meu computador visto eu me encontrar longe! Claro que a chuva boa e dejando huella tb se encontrariam longe, mas sinto-me tao so nesta ^&%&$ de pais!!
Salvem-me!!! (passo a vida a pedir ao meu boneco para me salvar mas nada feito! vou ter de ser mesmo eu a fugir daqui... )
(aih aih... esta vida cansa-me... a sorte eh que o dia de hoje foi bem passado, ocupadinha com muitas coisas para fazer aqui...)
(Boneco, lambuza-meeeee)

Queres "realmente" comigo?

Quero senti-lo ao meu lado, pertinho de mim, cheira-lo, reacender-lhe a chama...

Estou com medo, mas serah so paranoia minha ou sera realmente verdade! Porque nos mulheres somos todas assim!?!?!!?!? e eles? nao sao!?!? ou sabem disfarçar, ja nascem com um "disfarce de sobrevivencia ah insegurança"!

Pois... ser ou nao ser!? Desta vez a minha insegurança nao tem nada a haver com a minha relaçao passada... a passada era por ter medo de ser traida, nesta eh mesmo por estar longe e ter medo de ser esquecida!

Cansei de ser virtual... quero real!

queres "realmente" comigo?
Mais 13 dias... e mostro-lhe as maminhas na sala, na cozinha, no quarto ...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007


Onde estás tu, meu príncipe?