Não sei o que me deu para voltar a meter o pé na praia da torre. Esqueci-me de como pode ser horrorosa aquela praia. Exceptuando o facto de ter um mar calminho, o que é óptimo para a minha filha que já nada mas ainda não é o Phelps, a praia da torre tem das maiores concentrações de gente chunga de Lisboa.
Não vou indicar que havia muita variedade de gentes, desde preto a branco. Isso é o menos. O que me choca mesmo é verificar que as pessoas que frequentam a praia da torre têm a 4ªa classe, dentes podres, tatuagens de puta rasca, cabelo de cristiano ronaldo, banhas de irmã de cristiano ronaldo e gritam aos 9 ventos "ai caralho, ai foda-se, ai cona". Fora a mãezinha ao meu lado que berrou 34928 vezes o nome do filho (que estava ao lado dela) "ó marcelo, ó marcelo".
Eu sei que as balofas têm o direito de usar fio dental. Mas eu também tenho o direito de não gostar de ver pipis peludos inchados de gordura e cus gigantes a descair pelo bikini.
Um universo de mulheres do mundo
quarta-feira, 22 de julho de 2009
segunda-feira, 20 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
e agora?
depois de uns dias em maiorca, confirmei a minha opiniao: nao é para mim. nao gosto. sim, tem calas e praias muito bonitas, mas o turismo excessivo cansa.
agora estou de volta à vida real. só tenho casa até 31 de agosto, continuo sem emprego. a pergunta do milhao é: regressar a lisboa ou continuar por aqui à espera que "me toque" algo e, como diz a pérola, ver o amor a rodar na máquina de lavar?
a balança está equilibrada. um mês e meio, nos dias que correm, pode significar muito tempo ou pode nao significar nada.
e agora?
fico e experimento "o amor", continuo à procura de emprego? ou vou-me e começo tudo do zero? (mesmo que seja lisboa, significa começar tudo do zero para mim...)
se pensar bem, tenho todo o mundo à minha volta... mas isso será apenas mais uma coisa para confundir-me ainda mais.
e agora?
terça-feira, 7 de julho de 2009
A inveja é uma coisa muito feia!
Não é que uma das minhas (ex) melhores amigas tentou deslizar para cima do meu namorado no meu jantar de anos!!!
Vaca, puta, invejosa...
quinta-feira, 25 de junho de 2009
viagens e demais
há muito que nao escrevo. primeiro foi a viagem para a índia, depois foi a chegada, a euforia, muitos amigos que deixaram barcelona. muitas festas, algumas lágrimas. barcelona continua a ser a cidade de eleiçao de passagem. a cidade que toda a gente gosta mas onde ninguém fica.depois seguiu-se sardenha, lisboa e roma. e agora estou de volta à cidade de passagem. e isto tudo fazendo parte das estatísticas dos desempregados em espanha, dos desempregados portugueses em espanha, dos desempregados na catalunha. nao me posso queixar.
a vontade de escrever tem sido pouca, acho que quanto menos se faz, menos se tem vontade de fazer. isto aliado ao facto de continuar a ser uma "okupa", sem quarto, a ocupar os colchoes da sala de muita gente, a cama do suposto namorado. o facto de andar quase sempre com a mesma roupa, já que tenho tudo em malas e maletas espalhadas pelo apartamento alugado em meu nome, mas cujo meu quarto está alugado até à próxima segunda-feira - para se viajar há que fazer alguns pequenos sacrifícios.a viagem à índia... nao há palavras.
sei que o meu plano massivo de viagem ficou-se pela metade. kanayakumari - o ponto mais a sul da índia onde queria chegar - fica para uma próxima viagem, nao consegui ir alé de cochin, onde chegaram os portugueses. mumbai, aurangabad, goa, bangalore, mysore, madikeri, hampi, hyderabad, bhopal, orchha, jhansi, dehli, varanasi, agra, jaipur, amritsar, dharamsala, manali, foram alguns dos sítios por onde consegui passar, que me proporcionaram a viagem mais incrível da minha vida até hoje. onde conheci pessoas, locais e estrangeira que me fizeram sonhar mais um pouco. outras que me fizeram ver a sorte que eu tenho, sendo mulher, sendo pessoa. a sorte que tenho de poder escolher o meu suposto marido - mesmo nao querendo casar, sei que posso escolher e a possibilidade de me sair um político comunista anti-judeus ou um fa dos il divo/michael bolton só depende de mim, nao será por imposiçao do meu pai ou da minha mae, nem da tia ou do primo afastado que vive do outro lado do planeta. as experiências foram mais que muitas. os diálogos começavam sempre da mesma forma, "where you from, madame?, are you married?". esta segunda pergunta deu que pensar. no início respondia que nao, e a seguinte pergunta, sem pestanejar, era logo "what´s wrong with you? you're almost 30!" se viam o meu maço de tabaco, a resposta estava na cara "no madame, you can't smoke, no man will want to marry you if you smoke!". até ao dia que resolvi dizer que sim "yes, i´m married", ao que se seguiu "how many children do you have?", "no, no chlidren yet.", "so madame, why are you married?". e é assim que se fica sem resposta.a curiosidade de falar com os estrangeiros é imensa.
e sentimo-nos todos como gente famosa rodeada de paparazzis, já que para além dos olhos postos em cima SEMPRE, até fotos nos tiram. uns pedem, outros simplesmente passam e tiram. os modelos de telemóveis na índia sao algo incrível, toda a gente tem telemóveis de última geraçao, das tais coisas que eu nao ligo nenhuma, mas que me impressionaram.
hampi é, sem sombra de dúvidas, o meu lugar de eleiçao. mágico. bangalore, ao contrário, é uma cidade onde nao penso voltar a pôr os pés.
ao contrário da maior parte dos estrangeiros, nao tive qualquer problema de estômago, de diarreias. ía carregada de medicamentos e voltaram todos para trás. claro que tenho que ser diferente: tive uma prisao de ventre que me deram uma barriga gigante e uns gases altamente perigosos e nefastos.nao era a única gaja a viajar sozinha, muito longe disso.
posso dizer que dois meses e meio nao foram suficientes. posso dizer que a índia nao é para todos. e agradeço muito aos meus pais todos os anos que vivi em moçambique e todas as experiências de sobrevivência que tive por aí, caso contrário nao sei como teria reagido a algumas situaçoes. mas voltarei ao tema da índia quando ja tiver posto os pés no chao.
depois seguiu-se alghero, sardenha. a catalunha em itália. boa comida para quem come peixe, eu, como vegetariana, deliciei-me com as pizzas e pastas, também nao me posso queixar. as praias sao algo de espectacular e o mar convida ao mergulhozito.
depois, a minha querida e velha lisboa. gosto do santo antónio, gosto da festinha, do cheiro a sardinha que nao como e que se entranha na roupa, na pele, nas maos, no cabelo. nao há nada melhor que depois chegar a casa mandar tudo para dentro da máquina de lavar e tomar um bom duche!
a velha roma nao necessita de palavras. linda como sempre, só é pena ter tantos italianos juntos! eh eh eh eh, brincadeira.e agora de volta a barcelona. à vidinha. ao s. joan que odeio, com as bombinhas, o que vale é que com a crise este ano houve menos que nos anos anteriores. a procura de emprego segue em frente, mas, para além da crise, o facto de ser verao nao ajuda. mas (ainda) nao estou a stressar.
entretanto, recebi também uma proposta para viver junta com o meu italiano. ao contrário da pérola, nao sei se estou pronta para o amor na máquina de lavar. além de que tenho que ver para onde me leva o trabalho desta vez. estou aberta a sugestoes, alguém sabe onde é que ainda pode haver emprego? tenho dois braços, duas pernas, uma cabeça e nao sou esquisita. anyone?
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