09h47 da manha... há mais de uma hora que estou sentada no meu posto de trabalho. Já fiz sudoku, já li as notícias, já conversei. Mas o servidor nao quer funcionar. Se o servidor nao funciona nao há interenet, se nao há internet nao posso fazer o meu trabalho. Mas nao me deixam ir embora. Entao estou aqui.
A procura de emprego continua e continua e continua. Os espanhóis nao estao habituados à palavra crise. Acho se algum dia alguém em Portugal se atrever a dizer que nao há crise, que os portugueses entram num estado de loucura absoluta. O stress nao pode servir de desculpa para tudo, a crise sempre ajuda um pouco. Aqui está-se a falar de crise pela primeira vez desde há muitos anos, as coisas nao estao propriamente fáceis, as pessoas estao a fazer o que podem para se habituar a ela. Como nao tenho tv, quando vou a casa de algum amigo com uma fico vidrada, “trago” tudo o que sao noticiários, filmes dobrados os Simpsons em castelhano, a Amélie a falar catalao. As notícias mostram que os espanhóis estao a fazer face à crise de todas as maneiras: famílias que alugam quartos dos seus apartamentos, alugam os seus lugares nas garagens... é a crise.
Para encontrar emprego também nao está fácil. Eu já estou pronta para tudo. É só dizerem onde e quando e eu vou. Só quero sair daqui. Madrid, Lisboa, Kuala Lumpur, Rio, Cabo, Curitiba... é dizerem que eu vou. Ah, menos para o Algarve. Mas para o Alentejo seria capaz.
Mas enquanto isso nao acontece, há que pagar as contas. Há que pôr o sorriso de plástico e enfrentar o dia todas as manhas.
E o servidor ainda nao funciona. E ainda estou aqui sentada. E está um bom dia para estar em casa, com um filme, uma mantinha, um chá.
E já voltou à carga, o servidor.
A procura de emprego continua e continua e continua. Os espanhóis nao estao habituados à palavra crise. Acho se algum dia alguém em Portugal se atrever a dizer que nao há crise, que os portugueses entram num estado de loucura absoluta. O stress nao pode servir de desculpa para tudo, a crise sempre ajuda um pouco. Aqui está-se a falar de crise pela primeira vez desde há muitos anos, as coisas nao estao propriamente fáceis, as pessoas estao a fazer o que podem para se habituar a ela. Como nao tenho tv, quando vou a casa de algum amigo com uma fico vidrada, “trago” tudo o que sao noticiários, filmes dobrados os Simpsons em castelhano, a Amélie a falar catalao. As notícias mostram que os espanhóis estao a fazer face à crise de todas as maneiras: famílias que alugam quartos dos seus apartamentos, alugam os seus lugares nas garagens... é a crise.
Para encontrar emprego também nao está fácil. Eu já estou pronta para tudo. É só dizerem onde e quando e eu vou. Só quero sair daqui. Madrid, Lisboa, Kuala Lumpur, Rio, Cabo, Curitiba... é dizerem que eu vou. Ah, menos para o Algarve. Mas para o Alentejo seria capaz.
Mas enquanto isso nao acontece, há que pagar as contas. Há que pôr o sorriso de plástico e enfrentar o dia todas as manhas.
E o servidor ainda nao funciona. E ainda estou aqui sentada. E está um bom dia para estar em casa, com um filme, uma mantinha, um chá.
E já voltou à carga, o servidor.